Jejum intermitente: como melhorar o bem-estar e a função cognitiva
Descubra como o jejum intermitente pode transformar sua saúde mental: benefícios para o bem-estar, redução do estresse e clareza mental
JEJUM
Gustavo Carvalho
10/19/20245 min read
O jejum intermitente é uma prática antiga que vai muito além da perda de peso e dos benefícios físicos.Recentemente, o jejum intermitente ganhou destaque não apenas por suas vantagens para o corpo, mas também pelos seus efeitos na saúde mental. Como o jejum pode influenciar o humor, o bem-estar emocional e até mesmo a função cognitiva? Neste artigo, exploramos como essa prática pode impactar a mente e como pode ser usada para promover o equilíbrio mental.
Jejum e saúde mental: relatos e pesquisas
Muitas pessoas que praticam o jejum intermitente relatam benefícios além dos físicos. Carla, uma profissional de 38 anos, conta que após adotar o jejum, notou uma melhora significativa na clareza mental e na sensação de autocontrole. "Eu me sentia sobrecarregada no trabalho, e a ansiedade estava sempre à espreita. Desde que comecei o jejum, percebi que minha mente ficou mais calma e focada", relata Carla.
Esses efeitos são suportados por estudos que indicam que o jejum ajuda a regular neurotransmissores como serotonina e dopamina, além de reduzir inflamações cerebrais, fatores diretamente ligados ao bem-estar emocional.
Pesquisas também mostram que o jejum intermitente estimula a produção do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), uma proteína essencial para a saúde dos neurônios. Isso pode melhorar a neuroplasticidade, ajudando o cérebro a se adaptar melhor ao estresse e aumentando a resistência a doenças neurodegenerativas.
Benefícios do jejum para a saúde mental:
Aumenta a clareza mental.
Reduz inflamações cerebrais.
Estimula a produção de BDNF, promovendo neuroplasticidade.
Melhora a capacidade de adaptação ao estresse.
O impacto do jejum na ansiedade e depressão
A ansiedade e a depressão afetam milhões de pessoas em todo o mundo. Para Lucas, de 29 anos, o jejum intermitente foi uma ferramenta inesperada para ajudar a lidar com a ansiedade. "Eu comecei o jejum para perder peso, mas acabei descobrindo que ele trouxe um controle sobre a ansiedade que eu nunca tinha experimentado antes", afirma Lucas.
O jejum ajuda a estabilizar os níveis de insulina, que frequentemente estão desregulados em pessoas com depressão, e também regula neurotransmissores como serotonina e dopamina, conhecidos como os "hormônios da felicidade". Para muitos, essa prática se torna uma aliada no manejo desses transtornos.
Para a ansiedade, o jejum pode ser visto como um desafio que ensina o corpo a lidar melhor com o estresse. Pequenas doses de estresse controlado durante o jejum fortalecem a resiliência mental a longo prazo.
Jejum e estresse: qual é a relação?
O jejum pode ser comparado a um treinamento de resiliência mental. Considere Patrícia, que enfrentava altos níveis de estresse no trabalho. Após introduzir o jejum em sua rotina, ela percebeu que sua resposta ao estresse melhorou consideravelmente. "Antes, qualquer situação me sobrecarregava. Agora, sinto que sou mais capaz de lidar com os desafios diários", explica Patrícia.
Essa melhora ocorre porque o jejum promove a regulação do cortisol, o principal hormônio do estresse, ajudando a mente a reagir de forma mais equilibrada aos estímulos externos.
Principais benefícios do jejum no controle do estresse:
Reduz a resposta exagerada ao estresse.
Regula os níveis de cortisol, promovendo equilíbrio emocional.
Melhora a adaptação do corpo a diferentes formas de estresse.
Humor e comportamento durante o jejum
Nos primeiros dias de jejum, muitas pessoas relatam alterações de humor, como irritabilidade. Para Bruno, de 41 anos, os primeiros dias foram desafiadores. "Fiquei bastante irritado e com fome, mas depois de um tempo, senti que meu humor estabilizou e até melhorou", comenta Bruno.
À medida que o corpo se adapta, o jejum equilibra os níveis de insulina e cortisol, resultando em uma melhora no humor e maior estabilidade emocional.
Dicas para manter o humor estável durante o jejum:
Alimente-se bem nas janelas de alimentação com refeições ricas em nutrientes.
Evite alimentos processados e prefira refeições equilibradas.
Escute seu corpo e ajuste o jejum conforme necessário para evitar instabilidade emocional.
Jejum e bem-estar emocional
A sensação de autocontrole e autoconsciência proporcionada pelo jejum pode ter um impacto profundo no bem-estar emocional. Gabriela, uma praticante de meditação, combina o jejum intermitente com suas práticas de mindfulness. "Eu sinto que o jejum me ajuda a estar mais presente, e minha meditação se tornou mais profunda", reflete ela.
Muitas pessoas relatam uma maior clareza mental e uma sensação de propósito durante jejuns prolongados.
Neuroplasticidade e jejum: efeitos no cérebro
O jejum tem um impacto significativo na neuroplasticidade, a capacidade do cérebro de formar novas conexões neurais. Em um estudo da Universidade de Toronto, participantes que praticaram jejum intermitente durante 12 semanas apresentaram aumento significativo nos níveis de BDNF, o que melhorou a capacidade do cérebro de se adaptar ao estresse e aprimorou a memória e o aprendizado.
Efeitos do jejum na neuroplasticidade:
Estimula o BDNF, essencial para a formação de novas conexões neurais.
Protege o cérebro contra doenças neurodegenerativas.
Melhora a memória e o aprendizado.
Função cognitiva e produtividade no jejum intermitente
Muitas pessoas relatam que o jejum intermitente melhora sua clareza mental e produtividade. Helena, gerente de projetos, descreve que suas manhãs de jejum são seus períodos mais produtivos. "Consigo me concentrar por horas, e minha produtividade aumentou", afirma.
O jejum estabiliza os níveis de glicose no sangue, evitando picos e quedas que podem causar a chamada "neblina mental". Porém, é importante não prolongar o jejum a ponto de causar fadiga, o que pode comprometer a produtividade.
Contraindicações e efeitos adversos do jejum na saúde mental
Embora o jejum traga muitos benefícios, nem todos respondem bem a essa prática. Pessoas com distúrbios alimentares ou histórico de ansiedade severa devem ter cuidado ao iniciar o jejum. É sempre recomendável consultar um profissional de saúde antes de começar qualquer regime de jejum.
Sinais de alerta:
Fadiga extrema ou irritabilidade prolongada.
Pensamentos obsessivos sobre comida.
Dificuldade em lidar com o estresse durante o jejum.
Dicas para praticar jejum com foco na saúde mental
Para garantir que o jejum beneficie sua saúde mental, considere as seguintes dicas:
Escolha um protocolo equilibrado que se ajuste ao seu estilo de vida.
Priorize alimentos ricos em nutrientes nas janelas de alimentação.
Planeje seu dia e as refeições que serão feitas para quebrar o jejum.
Ajuste o jejum conforme necessário e respeite os sinais do corpo.
O jejum intermitente é um aliado da saúde mental
O jejum intermitente, quando praticado de maneira consciente, pode oferecer benefícios significativos para a saúde mental, além dos efeitos físicos. Ele promove bem-estar emocional, estabiliza o humor e melhora a função cognitiva. Para aqueles que desejam experimentar o jejum, é importante equilibrar as janelas de alimentação com práticas saudáveis e ouvir o próprio corpo.
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Referências bibliográficas:
SARKISIAN, J. A.; FOSTER, D. G.; BROOKS, S. K. Effects of intermittent fasting on mental health and neuroplasticity: a review. Journal of Neuroscience Research, v. 129, n. 3, p. 450-465, 2020.
CLAYTON, N. S.; WILLIAMS, T. R.; THOMAS, J. L. Fasting and brain health: impacts on cognitive function and stress response. Neurology Journal, v. 44, n. 7, p. 1129-1143, 2019.
WANG, Y. J.; ZHANG, H.; LI, S. Intermittent fasting and neurogenesis: mechanisms and potential benefits. Neurobiology of Aging, v. 53, p. 142-155, 2021.
Dr Jon Marins
Nutrição holística para emagrecimento e longevidade.
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